No Espaço Livre desta semana, a colaboradora do setor de Gestão de Pessoas, Maria de Fátima Silva Hassen, indica um texto de Alexandro Gruber, psicólogo, especialista em Autoconhecimento, Psicologia Positiva, Ciência do Bem-estar e Autorrealização. Confira:
Cortar laço não é bonito, cortar laço não é agradável, mas, às vezes, cortar laço é extremamente necessário. Saúde mental e emocional não é apenas sobre como administramos as nossas emoções, é também sobre quem mantemos e aceitamos em nossas vidas.
Há algumas pessoas com as quais precisamos conviver. Em virtude do trabalho, de relações familiares ou sociais que não nos permitem uma distância física. São pessoas que precisamos aprender a conviver, sem deixar que manipulem ou afetem demasiadamente as nossas emoções.
Mas existem aquelas pessoas cuja presença delas em nossas vidas só depende de nós. A questão é: por que ainda permitirmos a presença de quem perturba a nossa paz e tira o nosso equilíbrio?
Os laços emocionais que mantemos com as pessoas só são realmente bonitos quando são saudáveis, nutridos de afeto, empatia, respeito, reciprocidade e afinidade.
Precisamos observar se os laços que nos prendem a algumas pessoas são verdadeiros, ou se são apenas laços construídos pela carência, pela dependência ou pela ilusão disfarçada de esperança de que alguém um dia mudará e será melhor.
Nem sempre é o outro que nos prende. Muitas vezes somos nós que nos “amarramos” emocionalmente a alguém e nos mantemos sentimentalmente presos a pessoas que nada nos acrescentam e apenas nos sugam.
Se precisamos forçar demais, insistir demais, cobrar demais e não nos traz leveza e bem-estar, é porque não é do nosso tamanho. Romper laço começa por dentro: na valorização do nosso equilíbrio, na prioridade que damos a nossa saúde mental. Quando a gente cresce por dentro não se permite manter laço com quem não nos faz bem.