No Espaço Livre desta semana, o coordenador do setor de Inteligência Corporativa, Michael Lima, indica um conteúdo da MC Kinsey, publicado no Brazil Journal, sobre as reações das empresas às transformações impostas pela revolução tecnológica e cenários incertos. Confira:
70% da empresas não se sentem preparadas
para reagir rápido às mudanças
Diz uma frase clássica da filosofia que ninguém se banha duas vezes no mesmo rio porque as águas se movem e o indivíduo se transforma.
Atualmente, as correntes têm sido tão intensas que as mudanças correm no ritmo da revolução tecnológica e da volatilidade global – e cenários incertos exigem respostas cada vez mais rápidas.
Mas, para quase 70% das lideranças brasileiras, suas empresas ainda não estão preparadas para reagir rapidamente a todas essas transformações. Ganhar agilidade para, então, aumentar a resiliência passa a ser a prioridade número um na agenda das organizações – na verdade, em muitos casos, é uma questão de sobrevivência.
Essa é uma das conclusões da mais recente pesquisa da McKinsey, OrgBRTrends 2023: as 10 macrotendências que estão moldando as organizações brasileiras. No estudo, foram entrevistados mais de 350 líderes de 14 setores para identificar as principais mudanças organizacionais em curso e como os executivos podem agir diante delas.
Velozes em momentos furiosos
Mais de 60% dos líderes afirmam que aumentar a velocidade na tomada de decisões e nas ações será fundamental para fortalecer a resiliência e a competitividade.
E, segundo a pesquisa, esses elementos seguirão sendo importantes nos próximos anos. Porém, apenas um terço das lideranças diz que suas organizações estão realmente preparadas.
A dicotomia entre querer e ser resiliente pode ser ajustada por meio da adoção de modelos operacionais ágeis, por exemplo. Organizações que adotam esses modelos são mais propensas a afirmar que se sentem preparadas para mudanças.
Uma operação tipicamente ágil possui uma forma de trabalho dinâmica, equipes capacitadas e empoderadas para a tomada de decisões, bem como uma cultura de teste e aprendizado, além de incentivos alinhados por times de entrega, e não por áreas funcionais.
A recompensa: dados da McKinsey mostram que, na recuperação econômica entre 2020 e 2021, empresas que se adaptaram mais rapidamente às mudanças geraram um retorno total aos acionistas 50% maior do que aquelas menos resilientes.