A depressão pós-parto é um problema que, na medicina, é exclusivo das mães. Mas em muitos casos é o homem quem sofre com a chegada do bebê. Embora o diagnóstico de depressão pós-parto masculina não exista clinicamente, é importante ficar atento para mudanças de humor ou comportamento.
— Ocupar o lugar de pai, bem como assumir a responsabilidade que esse papel requer, pode não ser fácil. É possível que ele se sinta incapaz ou se exija demais, por exemplo, impondo a si próprio um nível de exigências acima do que consegue cumprir. A preocupação com a estabilidade financeira da família ou a mudança da rotina que tinha com a companheira antes de o bebê nascer também podem contribuir para desencadear angústias — afirma a psicóloga Cynthia Boscovich.
Ela alerta, no entanto, que qualquer tristeza, sofrimento ou angústia corre o risco de ser caracterizado pelo senso comum como depressão. Mas esse nem sempre é o caso, pois o diagnóstico de depressão depende de uma série de avaliações. Cynthia diz, por exemplo, que os sintomas devem perdurar, no mínimo, por quinze dias.
A instabilidade emocional do pai pode desestabilizar o ambiente familiar, afirma a psicóloga. Segundo ela, o pai precisa estar bem para proporcionar tranquilidade e segurança à mãe, que também deve estar tranquila para atender com serenidade e confiança às necessidades do bebê.
Chyntia defende que a psicoterapia pode ser aliada nesse momento, pois permite não só o tratamento dos sintomas, mas também a descoberta do papel de cada um nessa nova família que, com a chegada do bebê, precisará ser reconfigurada, a fim de reencontrar seu equilíbrio. Fonte: http://bit.ly/TdhWjs