Março Amarelo, Azul-Marinho e Lilás
O mês de Março traz três cores fortes para conscientizar as pessoas sobre os cuidados com a saúde. É um mês de falarmos mais amplamente sobre doenças com incidências importantes na população: a Endometriose, o Câncer Colorretal e o Câncer de Colo de Útero.
MARÇO AMARELO – a conscientização da Endometriose, uma inflamação aguda no sistema reprodutor feminino. A doença afeta milhões de brasileiras em idade reprodutiva e as causas ainda não foram totalmente esclarecidas pela medicina, mas podem envolver estresse, ansiedade, fatores genéticos, alterações imunológicas, endometriais e até ambientais. O risco pode ser maior entre mulheres que tiveram o primeiro filho após os 30 anos de idade.
Sintomas
- A endometriose pode causar;
- Dor na região pélvica;
- Dor durante a relação sexual;
- Dificuldade para engravidar;
- Em alguns casos, infertilidade;
- Mulheres com endometriose grave, muitas vezes, são assintomáticas, enquanto outras no estágio inicial da doença, sentem dor que pode se tornar incapacitante.
Diagnóstico – O médico pode suspeitar de endometriose quando a mulher apresentar os sintomas típicos da doença. Muitas vezes, a doença não é percebida no exame físico, porém a mulher pode sentir dor durante o exame.
Em alguns casos, o médico é capaz de perceber massa de tecido atrás do útero ou próximo dos ovários, através do exame de toque. No entanto, ele só poderá confirmar o diagnóstico se tiver certeza que as placas observadas são de tecido endometrial, com a realização de exames mais específicos para diagnosticar a doença. Existem exames capazes de diagnosticar se a endometriose está afetando a fertilidade da mulher.
Prevenção – A prevenção se faz com hábitos saudáveis: alimentação equilibrada, atividade física e consultas regulares ao ginecologista.
Tratamento – Na maioria dos casos, o tratamento recomendado é medicamentoso, para promover a melhora dos sintomas e impedir o avanço da doença. A cirurgia para retirada das placas é recomendada em alguns casos.
MARÇO AZUL MARINHO – O câncer colorretal é o terceiro câncer mais comum entre homens e mulheres no país. No câncer colorretal, os tumores aparecem no cólon e no reto, partes do intestino grosso. O risco de uma pessoa desenvolver esse tipo de câncer durante a vida é de cerca de 5%, sendo que, aproximadamente, 70% dos tumores aparecem no cólon e 30% no reto.
Sintomas – Nos estágios iniciais, a doença, geralmente, não causa sinais e sintomas. Recomenda-se procurar seu médico, caso apresente um ou mais dos sintomas:
- Diarreia ou constipação;
- Sangramento ao evacuar;
- Anemia sem causa aparente;
- Desconforto abdominal, com gases e/ou cólicas;
- Sensação de intestino vazio;
- Vontade frequente de evacuar, mesmo com intestino vazio.
Prevenção – O câncer colorretal está relacionado a dietas não balanceadas, ricas em carnes vermelhas e processadas, e gorduras; sedentarismo; obesidade; tabagismo; e alcoolismo. Manter uma dieta balanceada e rica em frutas, verduras e vegetais pode diminuir o risco de desenvolvimento dos tumores. Atividades físicas auxiliam no controle do peso, principalmente entre os homens, que têm maior propensão para desenvolver esse tipo de câncer.
Tratamento – O tratamento das pessoas com tumores em estágios iniciais é menos agressivo e consiste na retirada do pólipo e das lesões, através de colonoscopia ou pequenas cirurgias com ressecções locais dos tumores. Em casos específicos, recomenda-se sessões de quimioterapia complementares (coadjuvantes). Quanto mais avançado o estágio do câncer, mais agressivo deve ser o tratamento, podendo ser necessárias radioterapia e quimioterapia, mesmo antes de procedimentos cirúrgicos.
MARÇO LILÁS – Essa campanha visa levar informação e estimular a população feminina para os cuidados de prevenção contra o câncer de colo uterino, além de alertar para os principais sinais e sintomas que devem direcionar a mulher a buscar ajuda médica.
Considerada a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal.
Os fatores de risco do câncer de colo de útero envolvem o uso prolongado de pílulas anticoncepcionais, tabagismo, histórico familiar e início precoce da vida sexual e múltiplos parceiros.
Sintomas – O câncer de colo de útero possui um desenvolvimento lento, sem causar sintomas em estágio inicial. No entanto, em casos mais avançados o tumor pode causar:
- Corrimento vaginal anormal, com coloração e odores incomuns;
- Sangramento vaginal durante a relação sexual, entre as menstruações ou após a menopausa;
- Dor durante a relação sexual ou na pelve;
- Problemas urinários ou intestinais;
- Perda de peso involuntária;
- Anemia, devido ao sangramento frequente;
- Dores nas costas ou nas pernas.
Prevenção – A transmissão do vírus HPV, responsável pelo surgimento do câncer de colo de útero, é decorrente de relações sexuais e a medida preventiva mais recomendada para evitar esse tipo de vírus (além de outras doenças sexualmente transmissíveis) é o uso da camisinha.
O principal meio de prevenção contra o câncer de colo de útero é o exame Papanicolau detecta lesões precursoras e acusa a presença da doença no organismo de maneira rápida e simples.
O ideal é que mulheres entre 25 e 65 anos de idade que tem/tiveram uma vida sexual ativa realize o exame preventivo a cada três anos caso os resultados sejam normais. Agora, se houver a presença do tumor, será necessário repetir o exame em um período mais próximo.
Vacinação Contra HPV
O Ministério da Saúde estendeu o direito à vacina tetravalente contra HPV para meninas de 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade. A vacinação protege contra os subtipos: 6, 11 (causadores de verrugas genitais) e 16 e 18 (responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero em mulheres. Mulheres vacinadas a partir dos 25 anos deverão realizar periodicamente o exame preventivo periodicamente, visto que a vacina não protege o organismo contra os subtipos cancerígenos do HPV.
Tratamento – Entre os tratamentos mais recomendados está a cirurgia, a radioterapia ou em condições mais graves, a quimioterapia. Cada caso deve ser avaliado e acompanhado por um médico para receber o tratamento adequado de acordo com o tamanho do tumor, seu estágio e fatores como a idade.