Uma dieta mediterrânea, rica em azeite de oliva, frutas secas, peixe, vegetais e vinho reduz em 30% o risco de uma pessoa sofrer doenças cardiovasculares, segundo o maior estudo sobre o tema publicado até hoje nos Estados Unidos.
Foi comprovado que uma dieta alimentar mediterrânea sem restrições quantitativas, completada com colheradas de azeite de oliva ou de frutas secas, reduz substancialmente o risco de crises cardíacas e acidentes vasculares cerebrais em pessoas que têm mais risco de desenvolver doenças cardiovasculares, escreveram os autores do estudo.
Os participantes foram divididos em três grupos, um deles de controle. O primeiro grupo continuou uma dieta mediterrânea tradicional, com um consumo de ao menos quatro colheres de sopa de azeite de oliva no seu cotidiano. O segundo grupo, também submetido a uma dieta mediterrânea, deveria consumir cerca de 30 gramas de uma variedade de nozes, amêndoas e avelãs todos os dias, ao invés do azeite de oliva.
Os participantes destes dois grupos consumiram ao menos três porções de frutas e duas de verduras a cada dia. Eles tinham também que comer peixe três vezes por semana, evitar a carne vermelha e dar preferência à carne branca, como o frango. O grupo ainda deixou de consumir bolos ou alimentos industriais e limitou seu consumo de produtos lácteos ou carnes de porco processadas, como a salsicha. Aqueles habituados a beber vinho durante as refeições puderam tomar ao menos sete taças por semana. Os autores estimam que “os suplementos de azeite de oliva e de frutas secas explicam, provavelmente, a maior parte dos benefícios observados na dieta mediterrânea nos dois grupos”.
Segundo eles, o estudo permite comparar os efeitos desta alimentação com a atual dieta ocidental, na qual a carne vermelha, os alimentos industriais e os refrigerantes ocupam um importante lugar.