Sequestro da Amígdala
Nesta semana, durante a palestra realizada pela CERTAJA, em parceria com o SESCOOP, tivemos a oportunidade de descobrir que temos amígdalas no cérebro. Já sabendo desta informação, observei o espanto dos colegas em relação à informação, diante disto, achei interessante aprofundar alguns aspectos, para melhor esclarecimento.
Pois bem, vocês já ouviram falar que existe “amígdala” no seu cérebro? E que ela controla seu comportamento?
Pois é isto mesmo. Quem nunca se viu numa situação de “perder a cabeça”, proferir palavras tomadas pela emoção, e depois se arrepender? Tenho certeza que todas as pessoas já passaram por isso, algumas com mais, outras com menos intensidade!
O fato é que as amígdalas funcionam como um mecanismo de defesa, onde através de qualquer sinal de perigo ou ameaça, buscam uma reação instintiva, para que possamos fugir ou atacar algo que está nos colocando em risco.
Neurologicamente, estes sinais são transmitidos para o neocórtex, que é o responsável por analisar a situação de risco, que faz com que as “amígdalas” seqüestrem o neocórtex, nos levando a tomar decisões completamente influenciados pelas emoções, sem razão, agindo instintivamente e por impulso.
E vamos combinar, que as decisões tomadas nesta situação impulsiva, normalmente não são as melhores, e é muito comum nos arrependermos depois quando a poeira abaixa.
Assim dizia o ditado popular, que “existem três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada; a palavra pronunciada; e a oportunidade perdida”.
As pessoas, no momento em que passam pelo “seqüestro da amígdala”, são normalmente agressivas, grossas, rudes, impacientes, ansiosas, rancorosas, intolerantes e explosivas, que levam a falta de educação, respeito e bom senso.
Tais comportamentos, causam efeitos destrutíveis para os relacionamentos sejam eles sociais, pessoais e profissionais.
Agora que já conhecemos a amígdala cerebral e seus efeitos, como fazer para anular as consequências do “sequestro da amígdala”?
O impulso neurológico, que leva ao “seqüestro da amígdala”, tem uma intensidade muito forte, daqueles que “cegam” as pessoas a fazem perder a razão, porém este efeito intenso, também é rápido, normalmente não passam de 10 segundos.
E isto nos leva a um outro sábio conselho popular, das antigas: quem nunca ouviu dos seus país ou avós, a frase “conte até 10!”
É isso mesmo, 10 segundos são o tempo suficiente para o “resgate da amigdala”, onde a alta carga emocional baixa, e você consegue retomar a razão.
Entre a ação e a reação impulsiva, você tem a escolha da espera!
Tenha a ciência deste impulso e aguarde. Mais vale um breve silêncio do que um comportamento impulsivo ou uma palavra mal colocada, que pode por em risco sua carreira, vida pessoal e relacionamentos.
Quanto mais se praticar este hábito, mais ele irá se incorporar ao seu estado natural. Você escolhe seu comportamento, e conseqüentemente a qualidade de suas relações!