ATIVIDADE FÍSICA X DEPRESSÃO – A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública da atualidade. Entre as principais características estão a perda de peso, o sentimento de culpa, a hipocondria, a queixa frequente de dores e, eventualmente, a psicose. Esses sintomas são mais acentuados nos idosos do que nos jovens, o que pode contribuir para uma diminuição do condicionamento cardiorrespiratório.
Em um estudo longitudinal realizado com idosos evidenciou-se que a depressão está relacionada com baixos níveis de condicionamento físico. Isso poderia indicar, portanto, que o distúrbio seria uma das causas da diminuição do estado geral de aptidão física. O exercício age no cérebro da mesma forma que os antidepressivos. A hipótese para explicar essa relação é o aumento das monoaminas, neurotransmissores como a serotonina, a dopamina e a noradrenalina. Outra droga também associada ao exercício físico é a síntese de dopamina que está ligada com o desempenho motor, a motivação locomotora e a modulação emocional.
As atividades físicas mais indicadas para a depressão são os exercícios aeróbios, que ativam de 60% a 80% da frequência cardíaca máxima do indivíduo, segundo a pesquisa Meyer & Boocks, de 2000. A recomendação é que o paciente pratique de três a cinco vezes por semana, em sessões de 45 a 60 minutos. As atividades longas e menos intensas são preferíveis, pois interrompem com maior eficácia os pensamentos negativos.